Inexperiência e aliciamentos pelas redes sociais elevam os riscos das ‘aventuras’, dizem especialistas De acordo com dados do Programa de Lo...
Inexperiência e aliciamentos pelas redes sociais elevam os riscos das ‘aventuras’, dizem especialistas
De acordo com dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o desaparecimentos de adolescentes, entre 12 a 17 anos, correspondem a cerca de 29% dos casos registrados, sendo o maior índice relativo no universo da pesquisa, que abrange cerca de 27 mil casos relatados. Em janeiro deste ano, foram registrados 383 desaparecidos no Estado do Rio de janeiro, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP).
Adolescência: inexperiência e aliciamentos pelas redes sociais elevam os riscos das ‘aventuras’, dizem especialistas
Aventuras envolvendo adolescentes são comuns, contudo, a inexperiência faz elevar os iminentes riscos, sobretudo, quando são aliciados, por estranhos, em redes sociais.
Portanto, o imaginário coletivo da aventura bem sucedida e o ‘prazer’ momentâneo pela ausência da ‘lei’, representada pelos pais, colocam os adolescentes em um limbo, entre o lazer e a tragédia, conforme explicam os especialistas.
“Quando o imaginário ganha forma, os adolescentes não medem as consequências e preferem a aventura. Nesses casos, os pais devem ficar sob alerta, sobretudo, quando os filhos ficam muito tempo na Internet ou introspectivos. O diálogo sempre é a melhor forma de prevenção para essas aventuras e desaparecimentos”, alerta Luiz Henrique Oliveira, gerente do Programa SOS Crianças Desaparecidas, da Fundação para Infância e Adolescência (FIA).
‘É preciso estar atento a esses sinais'
Para a psicóloga Alessandra Alves Soares, a adolescência é uma fase de transição, novas descobertas, mudanças físicas e emocionais, que precisa de acompanhamento e diálogo.
“Talvez seja mais difícil para os pais lidarem com essa fase que o próprio adolescente. É um período em que o convite para desfazer velhos conceitos e rever posturas seja bastante contundente. Nem toda família está preparada para isso. Manter o canal de diálogo aberto, a escuta apurada são caminhos interessantes para evitar o distanciamento e a ruptura da relação. O adolescente sempre emite sinal quando algum incômodo está ocorrendo. É preciso estar atento a esses sinais”, explica a psicóloga, que orienta pais e responsáveis a procurarem apoio às instituições públicas e particulares que ofereçam auxílios psicossociais.
Via O Dia