BELFORD ROXO - A bola vai rolar neste domingo em Belford Roxo, às 10 horas, para o maior campeonato de peladas da Baixada Fluminense. É o...
BELFORD ROXO - A bola vai rolar neste domingo em Belford Roxo, às 10 horas, para o maior campeonato de peladas da Baixada Fluminense. É o Brasileirão, competição que vai reunir 32 times amadores da cidade de Belford Roxo. Inspirado na Série A do Campeonato Brasileiro, torneio dará prêmios em dinheiro para o campeão, o vice e o artilheiro. A competição vai premiar também a musa do Brasileirão. A votação da mais bela jovem será pela internet, com direito a prêmio de R$ 1 mil para a vencedora.
O Brasileirão da Baixada vai movimentar 960 atletas, com 111 jogos, sempre nos fins de semana. A primeira fase começa neste domingo, com os 32 clubes divididos em oito chaves.
Só os dois primeiros de cada chave se classificam e, a partir daí, a competição segue em sistema de mata-mata, com jogos eliminatórios até a final, prevista para o dia 23 de junho.
“Na final esperamos colocar quatro mil torcedores no estádio. A competição vai movimentar 21 bairros de Belford Roxo”, afirma Jackson Macedo, cartola que preside a recém-criada Associação de Clubes de Futebol de Belford Roxo (ACFBR).
Ele explica que a competição teve origem na paixão dos moradores de Belford Roxo pelo futebol. “É um lazer barato. É só reunir os amigos no final de semana. A bola rola nos campinhos e daqui pode sair muito craque”, diz Jackson, esperançoso.
O cartola afirma que a competição é inédita porque reúne oito associações de clubes da cidade, que já faziam seus campeonatos. “Pela primeira vez, contaremos com o apoio da prefeitura. Com isso, teremos policiamento e ambulância durante os jogos”, explica.
A entrada para assistir aos jogos é franca, e o mais difícil é coibir a euforia dos torcedores, que volta e meia invadem o campo, principalmente para comemorar um gol.
Nomes pitorescos
No Brasileirão da Baixada, o amor ao time de pelada fala mais alto e o nome é sempre decidido pela comunidade. Sem essa de Vasco, Flamengo, Fluminense ou Botafogo.
Em Belford Roxo, a decisão pode reunir o Pé na Jaca contra o Tititi Futebol Clube. Ou, quem sabe, o Valão contra o Cambalacho?
Técnico do Cambalacho, o ex-zagueiro do Flamengo Rogério da Silva, o popular Caximbau — que diz ter jogado com Júnior Baiano nos juniores do Fla — disse que o nome Cambalacho foi imposto por um empresário que prometeu apoio ao time, se a equipe se chamasse assim.
A equipe do bairro Santa Maria aposta no conjunto para ser campeão e deposita esperanças de gol no menino Marcos Vinícius, de 16 anos, que joga como atacante. “Quando bati o olho no moleque, vi que era bom e é difícil eu errar”, afirma Caximbau, que apesar de seus 1,92m, promete não pressionar o juiz. “Vou procurar não reclamar”, afirma.
Churrasco e refrigerante
No futebol da Baixada, bicho por vitória não significa dinheiro, mas sim churrasco regado a cerveja e refrigerante. “Acaba saindo barato porque os atletas só bebem refrigerante”, explica Adriano Oliveira , 31 anos, diretor do clube de futebol Só Amigos, do bairro São Bernardo.
Apaixonado pelo clube, que tem as cores azul, vermelha e branca, ele leva a bandeira do Só Amigos onde quer que o time jogue. “A paixão fala sempre mais alto”, diz ele, que lamenta não pode oferecer mais conforto aos jogadores.
O patrocínio vem de um aviário local, que tem o nome estampado no uniforme. “Quando jogamos em outro bairro, a empresa ajuda cedendo ônibus para o time e a torcida”, explica Adriano Oliveira.
O nome Só Amigos é explicado pelo lateral esquerdo Anderson Santana, 25 anos. “É que começou com um grupo de amigos e decidimos manter assim. Só temos amigos”.
Anderson vibra com a proximidade do campeonato, não só por poder jogar. É que ele tem um pequeno comércio à beira do campo do São Bernardo, onde o Só Amigos fará seus jogos. “Vou faturar”, diz, entusiasmado.
O bairro abriga outro time que participa do Brasileirão. E com nome parecido: Bons Amigos.
Apoio da Prefeitura
O empresário Jackson Macedo é quem dá as cartas no futebol amador de Belford Roxo. Empolgado com o apoio inédito da prefeitura, ele já faz planos para o próximo ano. Sonha em ter os campos de futebol cercados com alambrados. “Trará mais segurança para todos”, diz.
Ele explica que a eleição da Musa do Brasileirão é para atrair as mulheres para os jogos. “A votação é pela internet. Cada clube tem a sua musa, mas ela deve ir a todos os jogos, torcer para o time e estar uniformizada”, explica.
Com um tablet na mão, no qual guarda tabela e regulamento do campeonato, Jackson diz que a Associação de Clubes (ACFBR) conta com 41 associados. “Há três anos, eram só 12 clubes. Com o apoio da prefeitura, vamos chegar mais longe”, aposta.
O cartola planeja no próximo ano fazer com que as associações de futebol dos bairros promovam seus campeonatos no início do ano. “Com isso, faremos um Brasileirão só com os dois melhores de cada bairro, vamos ter uma competição de mais qualidade e atrair mais patrocinadores”, diz ele.
A ACFBR tem até uma espécie de Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que julgará atletas infratores. Quem for punido com cartão vermelho, fica de fora um jogo e o clube tem que pagar R$ 5 à ACFBR.
O radialista Jorge Aquiles, um dos organizadores da competição, é outro entusiasta do certame. “Alguns campos estão acabando porque os terrenos estão sendo vendidos. O futebol é o principal lazer da Baixada”, afirma ele.
O Brasileirão da Baixada vai movimentar 960 atletas, com 111 jogos, sempre nos fins de semana. A primeira fase começa neste domingo, com os 32 clubes divididos em oito chaves.
Só os dois primeiros de cada chave se classificam e, a partir daí, a competição segue em sistema de mata-mata, com jogos eliminatórios até a final, prevista para o dia 23 de junho.
“Na final esperamos colocar quatro mil torcedores no estádio. A competição vai movimentar 21 bairros de Belford Roxo”, afirma Jackson Macedo, cartola que preside a recém-criada Associação de Clubes de Futebol de Belford Roxo (ACFBR).
Ele explica que a competição teve origem na paixão dos moradores de Belford Roxo pelo futebol. “É um lazer barato. É só reunir os amigos no final de semana. A bola rola nos campinhos e daqui pode sair muito craque”, diz Jackson, esperançoso.
O cartola afirma que a competição é inédita porque reúne oito associações de clubes da cidade, que já faziam seus campeonatos. “Pela primeira vez, contaremos com o apoio da prefeitura. Com isso, teremos policiamento e ambulância durante os jogos”, explica.
A entrada para assistir aos jogos é franca, e o mais difícil é coibir a euforia dos torcedores, que volta e meia invadem o campo, principalmente para comemorar um gol.
Nomes pitorescos
No Brasileirão da Baixada, o amor ao time de pelada fala mais alto e o nome é sempre decidido pela comunidade. Sem essa de Vasco, Flamengo, Fluminense ou Botafogo.
Em Belford Roxo, a decisão pode reunir o Pé na Jaca contra o Tititi Futebol Clube. Ou, quem sabe, o Valão contra o Cambalacho?
Técnico do Cambalacho, o ex-zagueiro do Flamengo Rogério da Silva, o popular Caximbau — que diz ter jogado com Júnior Baiano nos juniores do Fla — disse que o nome Cambalacho foi imposto por um empresário que prometeu apoio ao time, se a equipe se chamasse assim.
A equipe do bairro Santa Maria aposta no conjunto para ser campeão e deposita esperanças de gol no menino Marcos Vinícius, de 16 anos, que joga como atacante. “Quando bati o olho no moleque, vi que era bom e é difícil eu errar”, afirma Caximbau, que apesar de seus 1,92m, promete não pressionar o juiz. “Vou procurar não reclamar”, afirma.
Churrasco e refrigerante
No futebol da Baixada, bicho por vitória não significa dinheiro, mas sim churrasco regado a cerveja e refrigerante. “Acaba saindo barato porque os atletas só bebem refrigerante”, explica Adriano Oliveira , 31 anos, diretor do clube de futebol Só Amigos, do bairro São Bernardo.
Apaixonado pelo clube, que tem as cores azul, vermelha e branca, ele leva a bandeira do Só Amigos onde quer que o time jogue. “A paixão fala sempre mais alto”, diz ele, que lamenta não pode oferecer mais conforto aos jogadores.
O patrocínio vem de um aviário local, que tem o nome estampado no uniforme. “Quando jogamos em outro bairro, a empresa ajuda cedendo ônibus para o time e a torcida”, explica Adriano Oliveira.
O nome Só Amigos é explicado pelo lateral esquerdo Anderson Santana, 25 anos. “É que começou com um grupo de amigos e decidimos manter assim. Só temos amigos”.
Anderson vibra com a proximidade do campeonato, não só por poder jogar. É que ele tem um pequeno comércio à beira do campo do São Bernardo, onde o Só Amigos fará seus jogos. “Vou faturar”, diz, entusiasmado.
O bairro abriga outro time que participa do Brasileirão. E com nome parecido: Bons Amigos.
Apoio da Prefeitura
O empresário Jackson Macedo é quem dá as cartas no futebol amador de Belford Roxo. Empolgado com o apoio inédito da prefeitura, ele já faz planos para o próximo ano. Sonha em ter os campos de futebol cercados com alambrados. “Trará mais segurança para todos”, diz.
Ele explica que a eleição da Musa do Brasileirão é para atrair as mulheres para os jogos. “A votação é pela internet. Cada clube tem a sua musa, mas ela deve ir a todos os jogos, torcer para o time e estar uniformizada”, explica.
Com um tablet na mão, no qual guarda tabela e regulamento do campeonato, Jackson diz que a Associação de Clubes (ACFBR) conta com 41 associados. “Há três anos, eram só 12 clubes. Com o apoio da prefeitura, vamos chegar mais longe”, aposta.
O cartola planeja no próximo ano fazer com que as associações de futebol dos bairros promovam seus campeonatos no início do ano. “Com isso, faremos um Brasileirão só com os dois melhores de cada bairro, vamos ter uma competição de mais qualidade e atrair mais patrocinadores”, diz ele.
A ACFBR tem até uma espécie de Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que julgará atletas infratores. Quem for punido com cartão vermelho, fica de fora um jogo e o clube tem que pagar R$ 5 à ACFBR.
O radialista Jorge Aquiles, um dos organizadores da competição, é outro entusiasta do certame. “Alguns campos estão acabando porque os terrenos estão sendo vendidos. O futebol é o principal lazer da Baixada”, afirma ele.
Via O DIA