BELFORD ROXO - Proteger as crianças e adolescentes da exploração infantil, combatendo todos os tipos de trabalho infantil. Este foi um...
BELFORD ROXO - Proteger as crianças e adolescentes da exploração infantil, combatendo todos os tipos de trabalho infantil. Este foi um dos objetivos do seminário promovido pela Prefeitura de Belford Roxo, na Uniabeu, que marcou o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Realizado pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), o encontro reuniu assistentes sociais, usuários dos Cras e Creas, técnicos educacionais, psicólogos, conselheiros tutelares, entre outros profissionais, que assistiram as palestras sobre “Trabalho Infantil”, proferida por Luan Costa, analista técnico do CIEE e ainda sobre o tema “Qualidade e Cognição”, com o psicólogo e fundador do Instituto de Saúde Mental e do Comportamento, com Diogo Bonioli. Em 2018, a campanha tem o tema “Não proteger a infância é condenar o futuro”.
No evento, foi apresentada a Cartilha do Reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Os técnicos participaram de rodas de conversa com as políticas públicas intersetoriais, a fim de estreitar o diálogo para fortalecer as ações. Alunos do Cras Xavante fizeram uma apresentação teatral sobre a exploração do trabalho infantil, permitindo uma reflexão do público sobre a causa.
A secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Rosana Moura, disse que todos os órgãos do governo, como Assistência Social, Educação, Conselho Tutelar, Ministério Público estão unidos para buscar soluções e erradicar o trabalho infantil no município. De acordo com o secretário adjunto de Assistência Social e Cidadania, Diogo Bastos, o Dia 12 de junho é marcado por reflexões. “A data visa alertar a população para o fato de muitas crianças serem obrigadas a trabalhar diariamente quando deveriam estar na escola a aprender e a construir um futuro melhor para si e para as suas famílias. O número de crianças que são exploradas é muito grande no Brasil. Estamos desenvolvendo uma política pública de qualidade para combater o trabalho infantil”, acrescentou Diogo Bastos.
A secretária executiva de Assistência Social e Cidadania, Carla Fernandes, explicou que o município criou uma comissão para levantar os dados e números e discutir a questão, visando detectar os casos para ajudar as famílias. O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belford Roxo (CMDCA), Elisson Peres, acentuou que é importante desenvolver políticas públicas em conjunto para poder erradicar o trabalho infantil. “Infelizmente, o índice de crianças e adolescentes que são explorados no Brasil é muito grande. Temos que ter em mente que lugar de criança é na escola”, disse Elisson.
Segundo a secretária executiva de Educação, Maria de Fátima Duarte, o governo vem trabalhando para dar uma melhor formação a seus alunos. “O papel do educador é fundamental no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Ao reconhecermos o problema, temos que nos unir e ajudá-las”, acrescenta.
O superintendente do CIEE, Paulo Pimenta, destacou a importância da parceria existente entre o município e a entidade. “Sabemos das necessidades das famílias e estamos oferecendo cursos da modalidade Jovem Aprendiz no município. Nossa instituição é filantrópica e quer ajudar a transformar a vida das crianças e jovens, que necessitam e devem ter um futuro melhor”, enfatizou Paulo Pimenta.
O Brasil tem como meta erradicar o Trabalho Infantil até 2025, mas ainda apresenta mais de 1 milhão de crianças e adolescentes em condições de exploração. Os dados que confirmam essa realidade fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), divulgada em 2017. Qualquer tipo de denúncia deve ser feita pelo Disque 100.