Corte do Farmácia Popular vai afetar 1,1 milhão de pessoas com suspensão de acesso a remédios e fraldas
No caso dos anticoncepcionais, as quatro opções disponíveis hoje deixarão de ser vendidas com desconto na rede privada (convênios com grandes redes), mas terão similares na rede própria federal. Portanto, na prática, das 11 opções, apenas sete não serão mais ofertadas de forma alguma.
Outros 14 remédios (listados ao lado com “sim”) — para hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita —, serão mantidos nas redes própria e privada do Saúde Não Tem Preço (braço do Farmácia Popular).
Segundo a Interfarma, cerca de três milhões de pessoas são beneficiadas mensalmente pelo Farmácia Popular. Do total, 1,8 milhão ainda poderão encontrar os remédios nas unidades do governo, apesar de o convênio com as farmácias privadas chegar ao fim. Mas 1,1 milhão ficarão a ver navios.
— O acesso fica comprometido porque o número de municípios servidos pelas farmácias públicas é bem menor. E estas não cobrem toda a lista de remédios disponíveis nas privadas — disse Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.
Os medicamentos com desconto estão disponíveis, hoje, em 35.400 farmácias privadas de 4.400 cidades. Esse convênio, porém, deverá acabar em dezembro. A rede pública tem 528 unidades em 420 municípios. Os cortes precisam ser aprovados pelo Congresso.
Via Extra