BELFORD ROXO - Nesta quarta-feira (22 de janeiro), quatro pessoas foram presas e 25 animais silvestres apreendidos durante fiscalização ...
BELFORD ROXO - Nesta quarta-feira (22 de janeiro), quatro pessoas foram presas e 25 animais silvestres apreendidos durante fiscalização feita pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente, na feira de Areia Branca, em Belford Roxo, para reprimir o comércio ilegal de animais silvestres.
Muitos animais estavam maltratados e debilitados, acondicionados em minúsculos caixotes de madeira; sob sol forte e sem qualquer proteção, sem água e sem comida. Os agentes apreenderam 25 animais: 12 canários-da-terra, um canário, um tiziu e um sanhaço; um sabiá, um galo-da-campina, um papa-capim e um coleiro, além de seis jabutis.
Os animais foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em Seropédica, na região metropolitana do Rio, onde ficarão de quarentena. Após período de recuperação, serão devolvidos à natureza.
Na feira, foram presos Eucribes Darantes, 63 anos, Fernando Freitas de Carvalho, 27, José Hermógenes, 55, e Sebastião Júlio de Oliveira, 53. Além deles, três menores foram apreendidos. Todos foram conduzidos para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Eles responderão por crime ambiental, cujas penas variam de seis meses a um ano de detenção, além de multa de R$ 500 por cada animal apreendido.
O coordenador da fiscalização, coronel da Polícia Militar José Maurício Padrone, afirmou que os animais apreendidos estavam maltratados, em péssimas condições de saúde, subnutridos e doentes. “Para os animais silvestres chegarem à feira sem que os traficantes sejam flagrados, os animais são submetidos a situações críticas, como transporte inadequado e sem ventilação, e passam muitos dias sem água e comida. Em um grupo de dez animais capturados na natureza, em média, nove morrem antes de chegar às feiras”.
Para o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, é importante modificar a Lei de Crimes Ambientais, para endurecer as penas dos traficantes de animais silvestres. “As penas têm que ser mais duras. Hoje, a pena de um traficante de animais silvestres é igual à pena de uma vovó detida com dois canários na gaiola. Se não endurecermos a legislação, a repressão a esse tipo de crime continuará sendo como enxugar gelo. Você prende o traficante e, no dia seguinte, ele está na rua de novo, praticando o mesmo tipo de crime”, disse.
Via Agência Brasil