De acordo com dados da SBC, de 6% a 8% das crianças e adolescentes brasileiros na faixa de 7 a 20 anos têm a doença BELFORD ROXO - A ...
De acordo com dados da SBC, de 6% a 8% das crianças e adolescentes brasileiros na faixa de 7 a 20 anos têm a doença |
No Rio de Janeiro, segundo a diretora científica da Regional da Baixada Fluminense da Sociedade, Sonia Regina Zimbaro, a SBC tem desenvolvido projetos em escolas da região, junto com as secretarias de Saúde, para levar informações sobre a hipertensão a alunos dos municípios de Belford Roxo, Queimados, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Ela espera levar os projetos para outros municípios da Baixada. Nesta sexta-feira (26) haverá atividades no Centro Municipal de Saúde para aferição de pressão arterial, de glicemia, de peso e altura. Também serão distribuídas cartilhas com orientações para evitar a doença.
A diretora classificou a hipertensão como "assassina silenciosa" porque não tem sintomas e os pais, geralmente, só levam a criança ao médico quando ela tem febre. "Acima de 3 anos de idade, quando as vacinas já foram dadas, praticamente os pais não levam mais ao pediatra como rotina e, a partir daí, não são levadas com frequência ao médico. A obesidade infantil está na nossa frente. Hoje temos crianças com 5 anos que já estão obesas. Uma pressão de 120 por 80 pode ser elevada se a criança tiver obesidade", informou.
Para Sonia Regina Zimbaro, a vida sedentária, com as crianças mais recolhidas dentro de casa sem fazer exercício, o tabagismo entrando na adolescência, a alimentação inadequada com os fast foods (comida rápida, em inglês) são fatores que causam a elevação da pressão nessas faixas de idade.
Ela disse que estão sendo registrados casos de lesões em órgãos como o coração, cérebro e o rim, além da visão e de vasos de membros inferiores, provocadas pela alteração dos níveis de pressão. "Então, temos que tratar quem tem fatores de risco e fazer também a prevenção. Se essa criança tiver uma hereditariedade de hipertensos, ela deve desenvolver a doença ao longo da vida. E é preciso alertar também as adolescentes que estão engravidando. É um risco se ela tiver histórico familiar de hipertensão", esclareceu a médica que defendeu a inclusão da aferição da pressão arterial nos exames admissionais dos alunos nas escolas.
A Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou uma cartilha em seu portal, com orientações. Ela pode ser acessada aqui. O cardiologista Carlos Alberto Machado disse que qualquer pessoa pode ter acesso à cartilha eletrônica, que poderá ainda ser utilizada por um professor como material didático em sala de aula.
A cartilha esclarece que a hipertensão não apresenta sintomas na maioria das vezes, mas quem tem tonturas, falta de ar, palpitações, enjoos e náuseas, dor de cabeça frequente, cansaço inexplicável ou alterações na visão, deve procurar um atendimento especializado. “O tratamento e acompanhamento da pressão alta são feitos por toda a vida", lembrou o diretor.
Via Agência Brasil