O morador da Baixada, que já dispôs para ir ao Rio de Janeiro do trem a carvão, a óleo e elétrico e agora usa o metrô até a Pavuna, com ce...
O morador da Baixada, que já dispôs para ir ao Rio de Janeiro do trem a carvão, a óleo e elétrico e agora usa o metrô até a Pavuna, com certeza já observou as tubulações que levam água para a capital. Na década de 1870, a cidade do Rio de Janeiro passava por grande seca. O único sistema de abastecimento era o Aqueduto da Carioca do Morro do Desterro, atual Santa Teresa. A alternativa foi usar os mananciais que descem dos rios da Serra do Mar, entre Jaceruba, Tinguá e Xerém. As obras foram autorizadas em 22 de setembro de 1875 e iniciou-se a Ferrovia Rio D’Ouro ou Das Águas”.
O primeiro grande problema foi transportar os tubos importados da Inglaterra e armazenados na Quinta Imperial do Caju. Na Baixada Fluminense não havia estradas e os traçados para assentamentos tinham grandes obstáculos, como rios, brejos e terrenos alagadiços. O engenheiro responsável, Paulo de Frontin, encontrou uma solução: construir uma ferrovia e, na medida que avançava, colocar os tubos nas margens.
Em 1882 é terminado o assentamento dos tubos e, no ano seguinte, a ferrovia é liberada para trens. A composição partia do Caju, atravessava a Rua Bela, em São Cristóvão, e chegava a Benfica. Dali, seguia por Irajá em direção à Pavuna.
Em Meriti, os trilhos, sobre a antiga Estrada da Polícia, partiam da Pavuna, indo até Iguassú. A primeira estação foi Parada Alcântara, depois Vila Rosaly, em homenagem a Dona Rosaly Farrula. Ainda em Meriti, outra estação recebeu o o nome do dono da Fazenda do Brejo, onde foi construída: Manoel José Coelho da Rocha.
Na mesma fazenda é construída a estação de Belford Roxo, que homenageou Raimundo Teixeira Belfort Roxo, chefe da 1ª Divisão da Inspetoria de Águas. De lá, a ferrovia passou a ter três ramais: o de Belford Roxo é o encontro das tubulações e dos ramais das linhas férreas; o de São Pedro (Jaceruba) tinha as estações de Areia Branca, Itaipu, Retiro, Figueira, José Bulhões, Cachoeira, Adrianópolis, Rio D’Ouro, Santo Antônio, Saudade e São Pedro; e o de Tinguá saía de José Bulhões (Cava) e seguia por São Bernardino, Iguassú, Barreira e Tinguá.
Já o ramal de Xerém saía de Belford Roxo e passava pelas estações de Aurora, Baby, Parada 43, Lamarão, Mantiqueira, Galrão, Xerém e João Pinto.
A ferrovia possibilitou não só o abastecimento d’água ao Rio de Janeiro, mas também o deslocamento da população numa época em que era difícil o acesso de pessoas e o transporte de produtos para a capital. Com ela, a Baixada foi integrando-se à vida urbana do Rio de Janeiro.
O primeiro grande problema foi transportar os tubos importados da Inglaterra e armazenados na Quinta Imperial do Caju. Na Baixada Fluminense não havia estradas e os traçados para assentamentos tinham grandes obstáculos, como rios, brejos e terrenos alagadiços. O engenheiro responsável, Paulo de Frontin, encontrou uma solução: construir uma ferrovia e, na medida que avançava, colocar os tubos nas margens.
Em 1882 é terminado o assentamento dos tubos e, no ano seguinte, a ferrovia é liberada para trens. A composição partia do Caju, atravessava a Rua Bela, em São Cristóvão, e chegava a Benfica. Dali, seguia por Irajá em direção à Pavuna.
Em Meriti, os trilhos, sobre a antiga Estrada da Polícia, partiam da Pavuna, indo até Iguassú. A primeira estação foi Parada Alcântara, depois Vila Rosaly, em homenagem a Dona Rosaly Farrula. Ainda em Meriti, outra estação recebeu o o nome do dono da Fazenda do Brejo, onde foi construída: Manoel José Coelho da Rocha.
Na mesma fazenda é construída a estação de Belford Roxo, que homenageou Raimundo Teixeira Belfort Roxo, chefe da 1ª Divisão da Inspetoria de Águas. De lá, a ferrovia passou a ter três ramais: o de Belford Roxo é o encontro das tubulações e dos ramais das linhas férreas; o de São Pedro (Jaceruba) tinha as estações de Areia Branca, Itaipu, Retiro, Figueira, José Bulhões, Cachoeira, Adrianópolis, Rio D’Ouro, Santo Antônio, Saudade e São Pedro; e o de Tinguá saía de José Bulhões (Cava) e seguia por São Bernardino, Iguassú, Barreira e Tinguá.
Já o ramal de Xerém saía de Belford Roxo e passava pelas estações de Aurora, Baby, Parada 43, Lamarão, Mantiqueira, Galrão, Xerém e João Pinto.
A ferrovia possibilitou não só o abastecimento d’água ao Rio de Janeiro, mas também o deslocamento da população numa época em que era difícil o acesso de pessoas e o transporte de produtos para a capital. Com ela, a Baixada foi integrando-se à vida urbana do Rio de Janeiro.
Via O Dia