Luiz Zveiter - Presidente do TRE O esquema de compra de votos feito por candidatos a vereador na Baixada Fluminense apelidado de “boca...
Luiz Zveiter - Presidente do TRE |
O esquema de compra de votos feito por candidatos a vereador na Baixada Fluminense apelidado de “boca de urna” vai resultar em cadeia para candidatos e eleitores. De acordo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Zveiter, este ano a fiscalização será intensificada para coibir essa modalidade de crime e o tratamento será igual, pois tanto o político que compra o voto quanto o eleitor que aceita dinheiro para votar estão cometendo crime, ambos podem ser presos, processados e condenados.
Antigamente, quando a distribuição de “santinhos” nas proximidades das sessões eleitorais era permitida, surgiu o nome “boca de urna”, com militantes pagos para fazerem a distribuição. Com a proibição, os maus políticos adaptaram o esquema e o que era “boca de urna” passou a ser mesmo compra de votos, com pessoas de confiança dos candidatos aliciando os votantes, exigindo deles cópia do titulo de eleitor em troca de pagamento variando entre R$ 30 e R$ 50.
No esquema cada colaborador de candidato fica encarregado de reunir um determinado número de eleitores, recolhe as cópias e fica incumbido de fazer o pagamento após o eleitor votar. Em cidades como Magé, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri e Paracambi o voto vale R$ 30 para alguns candidatos, mas há quem pague R$ 50. Para receber o dinheiro o eleitor costuma usar um telefone celular com câmera fotográfica para comprovar que realmente votou no candidato que lhe encomendou a “mercadoria”.
No caso do município de Magé a Justiça Eleitoral já foi alertada de que em Piabetá, Fragoso e Raiz da Serra alguns assessores de candidatos já teriam começado a recolher cópias de títulos e alguns postulantes ao cargo de vereador estariam dispostos a gastar até R$ 90 mil no dia da eleição, o suficiente, no cálculo deles, para comprar até três mil votos. Para coibir o crime serão feitas operações policiais nos dias que antecedem o pleito e durante todo o dia da eleição e a ordem é prender quem paga e quem recebe.
Fonte: Araruama.net