Coordenadores e técnicos de todos os equipamentos sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) de Belford Rox...
Coordenadores e técnicos de todos os equipamentos sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) de Belford Roxo participaram de uma importante palestra de capacitação na manhã desta segunda-feira (28/04). O evento, realizado no auditório da secretaria, abordou o tema crucial de “Migração, Refúgio e enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo”.
A capacitação contou com a expertise da coordenadora de Políticas de Migração e Refúgio, Maria Fernanda Lafond, da coordenadora de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, Júlia Kronemberger, ambas representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (Sedsdh), e do Procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Thiago Gurjão.
O secretário Municipal de Assistência Social e Cidadania, Diogo Bastos, abriu o evento, reforçando o compromisso da secretaria com a qualidade do atendimento: “Estamos sempre fortalecendo a rede. Nosso foco é o usuário. O cidadão que nos procura, seja nos abrigos, nos Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) tem que ser sempre bem atendido, orientado, acolhido e encaminhado”.
Diogo Bastos destacou que, apesar de não haver informações sobre casos de trabalho escravo, migração ou refugiados especificamente na Semasc, a complexidade e relevância do tema exigem a preparação dos profissionais: “Quem escolheu trabalhar na Assistência Social tem que ter conteúdo suficiente para atuar em qualquer eventualidade social do dia a dia”.
O Procurador do MPT, Thiago Gurjão, coordenador regional de Erradicação do Trabalho e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), enfatizou a importância da discussão para toda a sociedade e, especialmente, para quem atua no serviço público. Ele alertou que o trabalho escravo muitas vezes é velado e que tanto vítimas quanto exploradores podem não ter plena consciência da gravidade da situação, que pode ocorrer tanto em grandes centros urbanos quanto em trabalhos domésticos.
Maria Fernanda Lafond e Júlia Kronemberger, da Sedsdh, defenderam a necessidade de o serviço público estar capacitado para atender e acolher migrantes, refugiados e vítimas de tráfico de pessoas, ressaltando que, apesar de serem questões distintas, podem surgir a qualquer momento no contexto da assistência social.
A Coordenadora do Creas I, a assistente social Angélica Soares Miranda, avaliou a capacitação como fundamental para aprimorar o trabalho: “Informação nunca é demais. As coisas mudam a toda hora. É preciso estar atento para novas leis e atualizados em toda forma de fazer política. A gente está sempre aprendendo, seja como coordenadora ou como técnica para exercer um trabalho de excelência e servir com qualidade”.
A também Assistente Social Ana Martins, coordenadora do Creas II, compartilhou a opinião de Angélica: “É extremamente importante obter novos conteúdos. É uma intervenção efetiva que garante o direito de cidadania na ação de nossos trabalhos”.