O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo descartou a retomada do horário de verão p...
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo descartou a retomada do horário de verão para este ano. A possibilidade será reavaliada nos próximos meses, com a previsão de um possível retorno da medida a partir de 2025.
"Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão", declarou Silveira.
Ele ressaltou que a segurança energética do país está garantida e que há sinais do inicio da recuperação, ainda que modesto, do restabelecimento hídrico. "Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025", complementou.
Se a medida fosse adotada neste ano, restaria pouco tempo para setores como a aviação ajustarem suas operações. Além disso, o pico de eficiência do horário de verão, que ocorre entre outubro e dezembro, não seria plenamente aproveitado.
Segundo o ONS, o horário de verão pode aumentar o uso de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. No entanto, a mudança nos hábitos da sociedade fez com que a medida perdesse sua eficácia ao longo do tempo. Em 2019, o governo Bolsonaro suspendeu a prática, alegando que seus benefícios haviam diminuído.
Apesar disso, a ideia voltou à discussão em 2024 não tanto pela economia de energia, mas pela melhor integração das fontes de energia solar e eólica. O horário de verão ajuda a reduzir o uso de usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes, ao deslocar o pico de consumo para momentos com maior geração de energia solar.