BELFORD ROXO - Uma bota contendo 43 munições de calibre 22 foi encontrada por policiais militares dentro de uma composição do trem da ...
BELFORD ROXO - Uma bota contendo 43 munições de calibre 22 foi encontrada por policiais militares dentro de uma composição do trem da SuperVia, na plataforma 11, no Ramal Belford Roxo. O caso aconteceu por volta das 8h30m do último sábado (18 de junho) e foi registrado na 4ª DP (Centro). A apreensão ocorreu dois dias após um tiroteio nas imediações da estação Jacarezinho suspender parcialmente a circulação dos vagões.
Na quinta-feira, o RJTV exibiu imagens de traficantes armados com fuzis e pistolas andando livremente na Central do Brasil, maior estação ferroviária do Rio de Janeiro. No local fica o prédio onde funciona a Secretaria de Segurança do estado.
As imagens obtidas pelo RJTV foram gravadas em 3 de março, após meia noite. É possível ver, primeiro no estacionamento da SuperVia, que fica ao lado da Central do Brasil, um homem passar correndo com um fuzil nas mãos. Minutos depois, outro criminoso passa pelo local com um fuzil nas costas. Em seguida, aparece um terceiro criminoso armado com uma pistola. Após dez minutos, dez criminosos aparecem em uma das plataformas de trens. Pelo menos cinco estavam armados.
De acordo com a SuperVia, este não foi um caso isolado. A concessionária diz que ao menos oito flagrantes semelhantes foram feitos pelas câmeras da Central do Brasil. Em um documento enviado à Secretaria de Segurança, a Supervia destacou que na madrugada de 3 de março os criminosos passaram, inclusive, em frente ao Grupo de Policiamento Ferroviário da Polícia Militar.
Segundo as investigações da polícia, os criminosos são dos morros da Providência e do Pinto, que ficam bem perto da Central. Ambas comunidades são comandadas pelos irmãos traficantes Leonardo Marques da Silva, o Sapinho, e Evanílson Marques da Silva, o Dão. O primeiro está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Já Dão responde por tráfico de drogas e corrupção de menores.
A Secretaria de Segurança Pública declarou que, com base em levantamentos do setor de inteligência e depois de receber o ofício da SuperVia, fez, em maio, várias operações no morro da Providência. Houve prisões e apreensões de drogas e armas. A Secretaria disse ainda que as investigações continuam.
A Supervia declarou que tem procurado com frequência as autoridades estaduais e que, só este ano, enviou cinco ofícios à polícia e à Agestransp, fazendo alertas sobre problemas de segurança.
Via Extra