A renomada porta-bandeira Squel Jorgea, uma das mais aclamadas do carnaval carioca, estará em Belford Roxo no sábado, 19 de julho, para mini...
A renomada porta-bandeira Squel Jorgea, uma das mais aclamadas do carnaval carioca, estará em Belford Roxo no sábado, 19 de julho, para ministrar uma oficina gratuita de bailado. O evento, que promete uma imersão na arte da porta-bandeira, será realizado no Instituto Cidadania Plena.
Esta oficina faz parte do projeto "Squel – Oficinas de bailado de porta-bandeira", contemplado pelo programa Transpetro em Movimento e patrocinado pela Transpetro por meio da Lei Rouanet. O projeto já passou por cidades como Japeri, Mesquita, Tijuca, Maricá, Niterói e São Gonçalo, e até agosto, também será realizado na Gamboa, Itaboraí e Madureira.
Nos encontros, Squel compartilhará sua vasta experiência de mais de 30 anos na dança de cortejo. As participantes terão acesso a conhecimentos teóricos sobre a origem e história do Carnaval e da representatividade da porta-bandeira, além de práticas da dança em casal, a gestualidade, a utilização de adereços e indumentárias, e o comportamento em quadra e na avenida. Em cada encontro, Squel será acompanhada do mestre-sala Vinicius Jesus.
Inscrições e Público-Alvo
A oficina é destinada a mulheres a partir dos 14 anos, incluindo mulheres cis ou trans, pessoas com deficiência, moradoras de periferias, comunidades ou em situação de vulnerabilidade social. O único pré-requisito é que as participantes tenham alguma experiência com dança.
As inscrições podem ser feitas pelo link:
https://forms.gle/fva1YY1fPFREwC4ZA. Cada local terá duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde, com 30 vagas em cada.
A Importância da Porta-Bandeira e a Profissionalização do Carnaval
Squel Jorgea, bicampeã do Carnaval carioca pela Estação Primeira de Mangueira, vencedora de dois Estandartes de Ouro e atualmente defensora da Portela, destaca as mudanças na profissão ao longo de seus mais de 30 anos de carreira. Ela ressalta a importância da profissionalização e da visibilidade das figuras da porta-bandeira e do mestre-sala.
"Antigamente, não tínhamos uma preparação física adequada. Muitas vezes, as fantasias são pesadas e precisamos transmitir graça e leveza, sempre com um sorriso no rosto. Para que estejamos aptos a desempenhar nosso papel, hoje em dia contamos com uma equipe multidisciplinar com personal trainer, nutricionista e médicos. O preparo físico é fundamental”, conta Squel, que terá sua trajetória retratada no documentário “Squel Memórias de uma porta-bandeira”, dirigido por Celina Torrealba.
Squel define o papel da porta-bandeira como a representante da escola de samba e da comunidade, que carrega o símbolo, nome e cores da agremiação ao conduzir o pavilhão. “É uma função de enorme responsabilidade. O casal de porta-bandeira e mestre sala é anfitrião da escola de samba e da comunidade. Somos muito ativos, sempre transitando no coletivo e no cotidiano das pessoas. Temos uma importância que não é apenas artística, mas também social”, completa.
"Transpetro em Movimento": Cultura e Oportunidade
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, afirma que as oficinas "têm a capacidade de manter ainda mais viva a história do Carnaval carioca e encontra nas porta-bandeiras um exemplo de defesa da comunidade em que as escolas de samba surgiram. Nesse sentido, essa parceria é fundamental para nós pois, além de contribuir para disseminar ainda mais o conhecimento sobre essa festa nacional tão importante para os brasileiros, ajuda mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, propiciando mais perspectivas de futuro, emprego e renda por meio da cultura”.
O Programa Transpetro em Movimento impacta positivamente quase 300 mil pessoas em 55 municípios brasileiros. É uma parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério do Esporte, por meio da Lei Rouanet e da Lei Federal de Incentivo ao Esporte. Com um foco nacional, o edital público de patrocínio incentivado da Transpetro valoriza e promove a circulação da cultura brasileira e a formação profissional, estimulando a inclusão de públicos minorizados ou em situação de vulnerabilidade. Mais de 80% dos projetos contemplados ocorrem em comunidades tradicionais ou em áreas de periferia, com público prioritário formado majoritariamente por crianças e adolescentes.
Agenda das Oficinas:
24 de maio – Japeri (Academia da Saúde)
7 de junho – Mesquita (Casa da Juventude)
14 de junho – Tijuca (Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro)
21 de junho – Maricá (Casa de Cultura de Maricá)
28 de junho – Niterói (Quadra da Unidos de Cubango)
5 de julho – São Gonçalo (Clube da Terceira Idade – Amor e Fraternidade)
19 de julho – Belford Roxo (Instituto Cidadania Plena)
27 de julho – Gamboa (MUHCAB – Museu da História e da Cultura afro-brasileira)
2 de agosto – Itaboraí (CIEP Manilha)
9 de agosto – Madureira (Quadra da Portela)