Nesta quinta-feira (26), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou uma operação para cumprir 37 mandados de busca e apreensão ...
Nesta quinta-feira (26), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou uma operação para cumprir 37 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 17 policiais militares suspeitos de envolvimento com a milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Entre os investigados está um coronel da corporação.
De acordo com as investigações, conduzidas com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), os policiais atuavam como informantes de uma milícia que controla a comunidade Bateau Mouche, em Praça Seca, Jacarepaguá. Eles são acusados de fornecer informações privilegiadas sobre operações policiais, além de negociar a venda de armas e munições para o grupo criminoso. Também teriam atuado como motoristas dos milicianos em deslocamentos entre comunidades dominadas pela organização, como Bateau Mouche, Barão, São José Operário, Campinho, Fubá, Chacrinha e Quiririm.
Os mandados estão sendo cumpridos nos endereços pessoais dos investigados e nos batalhões onde estão lotados, incluindo unidades como o 41º BPM (Colégio), 40º BPM (Campo Grande), 18º BPM (Freguesia) e o Batalhão de Polícia de Choque (Centro). A ação foi solicitada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que também obteve a suspensão das funções públicas e do porte de armas dos denunciados.
Diálogos interceptados nas investigações revelam como os policiais auxiliavam os milicianos, informando sobre operações policiais e ajudando na coordenação de incursões nas áreas controladas pelo grupo. A operação é a segunda fase da Operação Naufrágio, realizada pelo Gaeco com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Polícia Civil.
A Polícia Militar (PM) informou que a Corregedoria Geral da corporação está apoiando e colaborando integralmente com a operação do MPRJ.