O motorista de aplicativo, que havia desaparecido, foi encontrado sem vida e com uma das mãos amputadas, na Estrada das Paineiras, no Parque...
Alberto de Oliveira Gomes, de 68 anos, foi dado como desaparecido depois que ele e seu carro, utilizado para trabalho, sumiram, na Rodovia Presidente Dutra, entre as cidades de Nova Iguaçu e Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O corpo foi achado sem uma das mãos, só de bermuda e tênis.
Agora, a Delegacia de Homicídios da Capital abriu um inquérito para apurar a morte do senhor. Nesta quinta (06), parentes de Alberto estiveram no Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio, para liberarem o corpo. Eles cobraram uma investigação rápida para descobrirem o que aconteceu.
O filho mais velho da vítima, também motorista de aplicativo, relatou que o aplicativo de corrida registrou a última viagem do condutor na região de Nilópolis, outro município da Baixada. “A Uber informou à Polícia que a última corrida dele foi em Nilópolis e depois, de lá, ele colocou o destino para o Centro do Rio. Quando chegou à altura da Dutra, o aplicativo foi desligado. A partir daí, não se soube mais do meu pai. Passamos a colocar o desaparecimento dele nas redes sociais. A partir disso, uma pessoa entrou em contato com a minha sobrinha, que mora em Paracambi. Ela mandou a foto do carro do meu pai e disse que ele estava na Estrada da Vista Chinesa, no Alto da Boa Vista”, conta Alexandre de Azevedo Gomes, de 45 anos.
O filho ainda afirma que assim que o veículo foi localizado no local indicado, a Polícia Militar foi acionada e isolou a área. Segundo ele, no primeiro momento, os policiais encontraram apenas o automóvel e cercaram o entorno, porém, uma viatura do 6º BPM (Tijuca) deixou o local e, ao retornar, o carro havia sido furtado.
“O carro do meu pai foi encontrado abandonado. Quando eles (os PMs) retornaram, o carro já não estava mais lá. Era imprescindível que eles ficassem lá. Já que o veículo estava com a chave na ignição para que a Polícia Civil arrecadasse as digitais. Mas o carro sumiu. A minha madrasta e algumas pessoas passaram a procurar o corpo do meu pai na região. O corpo do meu pai foi encontrado em uma ribanceira em estado de decomposição. Só foi possível identificar pelas digitais”, relata Alexandre.
Ainda de acordo com o que foi divulgado pelo filho , o corpo estava sem a mão esquerda e sem identificação. “Não tinha documento nenhum”.
Aposentado após trabalhar como motorista de ônibus, Alberto de Oliveira Gomes rodava como motorista de aplicativo para complementar a renda. ”Ele rodava tudo. Meu pai era uma pessoa boa, não tinha desafetos. Ele não fazia medo a uma mosca, mas tinha medo de ser morto pela violência... E foi morto dessa forma terrível e trágica. Estamos vivendo um mix de emoção porque não sabemos o que aconteceu. A gente só fica com uma interrogação na cabeça”.
Procurada para comentar as denúncias da família, a PM ainda não respondeu. Em nota, a Polícia Civil afirmou que segundo "a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), as investigações estão em andamento para esclarecer o caso”.
Em nota, a Uber informou que "permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações sobre o desaparecimento do motorista parceiro Alberto de Oliveira Gomes, na forma da lei".
Via Extra