A Polícia Civil afirma que o sequestro de um helicóptero, em setembro, que seria usado para resgatar criminosos de um presídio foi planejado...
A Polícia Civil afirma que o sequestro de um helicóptero, em setembro, que seria usado para resgatar criminosos de um presídio foi planejado por medo dos traficantes de serem transferidos para presídios federais após a morte de três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os meninos foram vistos pela última vez em dezembro do ano passado.
A Polícia Civil do RJ e a Polícia Federal (PF) iniciaram nesta quarta-feira (27) a segunda fase da Operação Águia Sempre, para tentar prender um dos homens que participaram do crime.
Agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) cumpriram mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (27) contra o suspeito de pagar pelos voos de ida e volta de Angra dos Reis. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços relacionados a ele. O nome dele não foi divulgado.
Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia, para ajudar a comprovar a ligação entre o homem e a facção criminosa Comando Vermelho.
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De acordo com as investigações, quem mandou matar os meninos foi o chefe do tráfico da comunidade Castelar, Willer Castro da Silva, o Estala.
A Polícia Civil afirma que Estala foi morto como queima de arquivo. O mandante da morte dele seria Winton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, que saiu do Complexo de Gericinó pela porta da frente.
Segundo a polícia, a morte das crianças não agradou os integrantes da facção criminosa, que passaram a temer a mudança para presídios federais e a perda de regalias na cadeia. Para evitar as transferências, a quadrilha planejou o resgate com o helicóptero e pagou mais de R$ 14 mil pelas viagens de ida e volta até um hotel de luxo em Angra dos Reis.
“Na próxima fase, a gente vai tentar identificar de fato quem foram os mandantes desse crime, considerando que esta facção criminosa é muito rígida, muito organizada, e não haveria um resgate daquela maneira se não houvesse, no mínimo, anuência da cúpula desta facção”, afirmou o delegado William Pena Júnior, delegado titular da Draco.
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Segundo o piloto Adonis Lopes, uma dupla armada o rendeu em pleno voo e o obrigou a voar até o Presídio Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para resgatar detentos.
Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) foram para um endereço em São Gonçalo a fim de capturar Marco Antônio da Silva, o Pará. Pará, gerente das bocas de fumo do Sabão, em Niterói, e Khawan Eduardo Costa Silva tinham sido identificados na primeira etapa da Águia Sempre como os sequestradores dias depois da ação frustrada.
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Policiais cumprem mandado de busca em endereço de suspeito de financiar sequestro de helicóptero — Foto: Reprodução/TV Globo
Via G1