O governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), alegou falta de dinheiro para se defender no processo de impeachment e pediu para adiar a...
O governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), alegou falta de dinheiro para se defender no processo de impeachment e pediu para adiar a sessão que acontece nesta quarta-feira (7) no Centro do Rio. Mas o Tribunal Misto de impeachment (TEM) negou o pedido e manteve o interrogatório.
Logo no início da sessão, Witzel pediu a palavra. Depois de elogiar o trabalho da Corte, disse não ter atualmente condições financeiras de arcar com sua própria defesa.
“Ao longo deste processo, muitos sabem que os meus advogados não são remunerados. As remunerações foram no início pagas por mim em valores extremamente módicos, de forma que não tenho capacidade de pagar um escritório de advocacia. O escritório de Ana Tereza Basílio tem me assistido de forma pro bono”.
O governador afastado falou também que revogou o mandato dos seus advogados por discordar da condução do processo e pediu para apresentar uma nova defesa em 20 dias.
“Peço encarecidamente a esse tribunal vênia, não há concordância nossa com as perguntas que serão formuladas. Me encontro impossibilitado de me autodefender. Eu peço encarecidamente que me conceda o prazo de 20 dias para apresentação da defesa".
O pedido foi votado pelo colegiado do tribunal, que foi contrário ao adiamento da sessão e sugeriu um novo nome para a defesa.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Henrique Figueira, chegou a sugerir que a defesa fosse feita pelo defensor público geral do Rio, Rodrigo Pacheco, mas encontrou nos autos uma procuração com outros advogados de Witzel que não foram destituídos.
O nome do advogado que seguirá à frente da defesa do governador afastado ainda não foi informado.
A sessão, que havia começado às 9h25, foi interrompida por volta das 10h30 para que o novo advogado consiga chegar ao plenário.
Via G1