A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que a vacina anti-Covid da AstraZeneca e da Universidade de Oxford continue s...
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que a vacina anti-Covid da AstraZeneca e da Universidade de Oxford continue sendo usada no Brasil, que enfrenta o pior momento da pandemia do novo coronavírus.
O imunizante, bastante utilizado no mundo devido ao baixo custo e à facilidade de manutenção, foi suspenso em diversos países da Europa após o surgimento de casos graves de coagulação sanguínea em pessoas recém-vacinadas.
No entanto, a Anvisa, em linha com os posicionamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da própria Agência Europeia de Medicamentos (EMA), afirmou nesta terça-feira (16) que a relação benefício-risco da vacina continua positiva.
“A agência concluiu que os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício?risco da vacina e recomenda a continuidade do seu uso pela população brasileira”, diz o comunicado da autarquia. A nota foi divulgada após uma reunião da Anvisa com órgãos regulatórios internacionais e a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
“A discussão técnica apontou para a necessidade de apresentação de outros dados e o aprofundamento das investigações nos países que invocaram o princípio da precaução para suspender o uso da vacina Oxford/AstraZeneca”, acrescenta o comunicado.
Até o momento, não há evidências de uma relação causa-efeito entre a vacinação e o surgimento de problemas de coagulação sanguínea. No Brasil, segundo a Anvisa, não existem casos de embolia ou trombose relacionados a imunizantes anti-Covid.
Já a Fiocruz, que detém os direitos de fabricação da vacina de Oxford/AstraZeneca no Brasil, disse que “aguarda a conclusão das investigações dos casos relatados e reforça os posicionamentos adotados pela Anvisa, EMA e OMS até o momento”, ou seja, em defesa da continuidade do uso do imunizante.
A fundação entregou nesta quarta-feira (17) o primeiro lote de vacinas produzidas no Brasil, totalizando 500 mil unidades.
Outras 580 mil doses devem ficar prontas até o fim da semana.
Via ANSA