A agonia de três famílias de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que até hoje não sabem o paradeiro de três crianças que sumiram há exatame...
A agonia de três famílias de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que até hoje não sabem o paradeiro de três crianças que sumiram há exatamente um mês, se soma à dificuldade da Polícia Civil em desvendar o que aconteceu.
A CNN apurou que pelo menos 29 pessoas já foram ouvidas na investigação, cuja principal linha de investigação é a participação de traficantes do Morro do Castelar no sumiço de Lucas Matheus, de 8 anos, o primo dele Alexandre da Silva, 10, e Fernando Henrique, 11. Eles foram vistos pela última vez no dia 27 de dezembro de 2020, brincando juntos em um campo de futebol perto do condomínio onde eles vivem.
A Polícia já fez buscas in loco, apreendeu imagens de câmeras, periciou telefones e fez exames de DNA em roupas entregues pela família de um homem, que seria suspeito de envolvimento com o caso. A investigação descartou o envolvimento dele, que chegou a ser torturado por traficantes da área do Castelar.
Indicativo da dificuldade nas investigações está o fato de que o Disque-Denúncia recebeu pelo menos 55 informações sobre o caso, de acordo com levantamento preparado a pedido da CNN. A maior parte das informações é mantida sob sigilo, porque pode ajudar a polícia a esclarecer o sumiço dos meninos, mas de acordo com Zeca Borges, coordenador do Disque-Denúncia, remetem ao possível envolvimento de traficantes.
“Há apenas uma informação de participação de milicianos. Já deram informações sobre o paradeiro deles em outros locais, até no Espírito Santo. Mas nada se confirmou. É um caso muito difícil”, afirmou.
A Defensoria Pública se reúne com familiares dos meninos na tarde desta quarta-feira para prestar auxílio jurídico e relatar o andamento das investigações.
Via CNN