A suspeita de fraudes no pagamento do Auxílio Emergencial levou a Caixa Econômica Federal (CEF) a bloquear 'centenas de milhares...
A suspeita de fraudes no pagamento do Auxílio Emergencial levou a Caixa Econômica Federal (CEF) a bloquear 'centenas de milhares' de contas contas poupança digital do banco, movimentadas pelo Caixa Tem e usadas para o crédito do benefício.
De acordo com Pedro Guimarães, presidente da Caixa, a maioria das contas bloqueadas foram utilizadas por hackers, que se aproveitaram da liberação para utilizar um mesmo celular para cadastrar vários pedidos do Auxílio Emergencial. Ele ressaltou, no entanto, que pessoas honestas também foram penalizadas pela medida de bloqueio.
O Ministério da Cidadania informou que 1.303.127 milhão de CPFs foram enviados à Caixa para para bloqueio e realização de uma verificação detalhada por suspeita de fraudes. Não é possível ainda afirmar que esses CPFs sejam considerados cancelados ou inelegíveis para receber o benefício.
Fraudes X problemas em cadastros
Mas, segundo o presidente da Caixa, há uma separação de fraudes constatadas pela Caixa e pelo Ministério. Segundo ele, os CPFs em questão têm problemas de natureza de cadastro e elegibilidade para o Auxílio Emergencial, e pertencem a um banco de dados que a Caixa não acessa. Guimarães diz que o banco apenas acata a decisão do Ministério para realizar pagamentos.
Os bloqueios realizados pela Caixa são de fraudes operacionais, como criação de contas cujo dinheiro foi desviado. Guimarães não deu números de quantos beneficiários tiveram o acesso prejudicado às contas digitais.
Como liberar a conta?
Em resposta às fraudes identificadas, o banco dividiu as contas bloqueadas em dois grupos, que recebem mensagens diferentes pelo app de acordo com o problema identificado pelo banco. As fraudes propriamente ditas são 51% do total. As inconsistências cadastrais, 49%.
As orientações para desbloqueio das contas valem a partir desta quinta-feira (23).
Bloqueio completo por suspeita de fraude (51%)
Suspensão do Caixa Tem por documentação pendente (49%)
1. Bloqueio completo por suspeita de fraude
Os trabalhadores que tiveram as contas suspensas e receberam no aplicativo Caixa Tem a mensagem “É necessário regularizar o seu Acesso. Procure uma agência, de acordo com o seu calendário de recebimento”, devem seguir as datas de crédito do dinheiro em conta e procurar a agência para comprovar sua identidade. São essas as pessoas cujas contas estão sob suspeita de fraude.
Tela que indica bloqueio de conta no app Caixa Tem — Foto: Divulgação/CAIXA
"Não adianta procurar se você nasceu em outubro neste momento que estamos pagando em janeiro. Não vai adiantar a liberação do Caixa Tem se o depósito só será feito daqui duas semanas, 20 dias. Isso é muito importante para que se evite qualquer aglomeração", diz o presidente da Caixa. Veja aqui o calendário completo.
2. Suspensão do Caixa Tem por documentação pendente
O banco também bloqueou acesso de contas por inconsistências de documentação, que podem ser resolvidas pelo próprio app Caixa Tem. Esse grupo não precisa ir pessoalmente à agência e pode resolver pelo aplicativo.
É preciso fazer um novo acesso ao Caixa Tem e enviar o restante da documentação pedida. No menu "Liberar Acesso", o beneficiário receberá uma mensagem dizendo "Para finalizar a validação do seu cadastro, vamos precisar que envie seus documentos pelo WhatsApp". Em seguida, um outra diz "Para iniciar a conversa, clique no link abaixo e mande a palavra CADASTRO".
Mensagem para beneficiários que devem enviar documentos para a Caixa para regularização do Caixa Tem — Foto: Divulgação/CAIXA
O link em questão deve redirecionar para uma janela do WhatsApp, em que os documentos pendentes serão pedidos. "Fundamental que isso [mensagem com o link] só vale para o aplicativo do Caixa Tem. Nenhum outro aplicativo tem validade", reforça Guimarães.
"O único aplicativo que essa informação é válida é o do Caixa Tem. Relevante isso para evitar qualquer tipo de envio de documentação dos clientes para qualquer pessoa que não esteja efetivamente analisando essa questão", diz.
Via G1