Em tempos difíceis como os últimos meses, a empatia, gentileza e cuidado com o próximo têm se destacado. E a história da dona Luzinete ...
Em tempos difíceis como os últimos meses, a empatia, gentileza e cuidado com o próximo têm se destacado. E a história da dona Luzinete da Silva se encaixa nesse contexto. Recentemente, ela jogou por engano 200 reais e um carnê da escola da sobrinha no lixo. Ao encontrarem e perceberem que alguém havia jogado fora por engano, Aroldo Henrique de Oliveira Pontes e Cleinaldo Moreira de Souza Pires, que trabalham na coleta, devolveram o dinheiro e o carnê a Luzinete.
Moradora do bairro Vilar Novo, Luzinete da Silva saiu de casa para pagar a escola da sobrinha e aproveitou para jogar o lixo fora e encher o pneu da bicicleta da neta. “Na hora de jogar o lixo me confundi e caiu tudo no latão. Segui para a escola e ao chegar no local achei que tinha esquecido o dinheiro e o carnê em casa. No meio do caminho de volta fiz uma retrospectiva para ver se lembrava de algo para me ajudar. Percebi que havia jogado fora com o lixo. Fiquei desesperada”, contou Luzinete. Mais tarde, no mesmo dia, dois garis bateram em sua porta para devolver os pertences. “Eles tiveram a boa vontade de devolver. São dois anjos”, completou.
Aroldo e Cleinaldo contaram que estavam batendo o roteiro como todos os dias. Quando chegaram no Vilar Novo, viram a bolsa limpa e que não aparentava estar com lixo. “Cheguei a chamar a senhora, mas ela foi embora depressa”, destacou Cleinaldo. “O carnê nos chamou a atenção e de bom coração, decidimos devolver, pois é o futuro de uma criança que estava em jogo. Quando acabamos o roteiro fomos à escola e pegamos o endereço para devolver. Foi uma alegria, quase chorei junto com a família”, disse Aroldo emocionado.
“Os tempos não estão fáceis, principalmente agora com essa pandemia. Nós somos trabalhadores e sabemos como é a luta para repor quando se perde. Fizemos o que tinha que ser feito. Afinal, o caráter é que nos move”, enfatizou Cleinaldo.
Via PMBR