BELFORD ROXO - No ano passado, 58 veículos foram interceptados por criminosos. Em dezembro, quatro veículos foram levados por criminos...
BELFORD ROXO - No ano passado, 58 veículos foram interceptados por criminosos. Em dezembro, quatro veículos foram levados por criminosos no Complexo de Santa Teresa em uma única manhã.
Os motoristas da linha 496i, que circula por 19 paradas entre a Pavuna e Santa Teresa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, enfrentam uma rotina de medo para trabalhar. No ano passado, 58 veículos foram interceptados por criminosos.
“A gente vai se acostumando com isso, com esses problemas que acontecem no dia a dia. Vira uma rotina nossa. A gente fica tenso. A gente não sabe o que pode acontecer na frente”, contou um motorista, que preferiu não se identificar.
Em dezembro, em uma única manhã, quatro veículos foram levados por criminosos no Complexo de Santa Teresa.
“Eles chegaram, mandaram atravessar o carro, tirar a chave, dar na mão deles e tirar pertences”, contou o motorista, que já foi abordado por bandidos.
“A empresa é que manda, né? Somos empregados, temos que obedecer. Quem ficou mais nervosa foi a minha esposa, a qualquer momento você pode estar no meio de um tiroteio. Aí fica difícil”, explicou o condutor.
A Viação Flores afirma que, nos últimos dois anos, dez motoristas foram afastados da função por questões psicológicas por causa relacionadas à violência. A linha transporta cem mil pessoas por mês.
Segundo o motorista, quando algo acontece, a empresa muda o itinerário. Ainda assim, os ônibus não possuem câmeras, por determinação dos criminosos.
Em dezembro do ano passado, um flagrante do Globocop mostrou os criminosos colocando os veículos atravessados em vias importantes para impedir a aproximação da Polícia Militar. Na época, o porta voz da PM, coronel Mauro Fliess, disse que a polícia continuaria as incursões na comunidade.
“É uma ousadia muito grande de marginais. E vendo cenas como essa eu lamento não pela dificuldade que causa para uma operação Policial Militar, mas pelo que eu vejo pessoas de bem sendo submetidas a esse julgo do tráfico, essa imposição do terror. A PM vai continuar fazendo seu trabalho de maneira incansável permanecendo presente ao lado dessas pessoas de bem”, garantiu Fliess.
Via G1