BELFORD ROXO - Foram enterrados na tarde deste domingo (7 de janeiro) os corpos de duas das quatro vítimas de uma chacina ocorrida em ...
BELFORD ROXO - Foram enterrados na tarde deste domingo (7 de janeiro) os corpos de duas das quatro vítimas de uma chacina ocorrida em Belford Roxo, Baixada Fluminense, na noite de quinta-feira (4). O crime foi cometido por um grupo de homens armados, que passaram de carro pela Rua Ilíada, no bairro jardim Ipê, e atiraram contra um grupo, que jogava videogame na calçada.
No cemitério da Solidão, também em Belford Roxo, as famílias de Ezequiel da Silva Cavalcante, de 15 anos, e Diogo Caeira de Vasconcelos, de 13, expressaram muita revolta pela chacina.
Segundo ele, dias antes da chacina, o filho o ajudava no trabalho como pedreiro e sonhava ser paraquedista das Forças Armadas.
Demora para perícia
Jorge também reclamou do descaso das autoridades após o crime, já que os corpos ficaram quase 12 horas expostos, até que fossem levados para perícia - o fato obrigou as famílias a fazerem enterros com caixões fechados.
"Agora nem podemos ver meu filho, por causa do mau cheiro. Ficamos esperando a boa vontade deles [polícia] e o que vimos foi descaso", afirmou.
A principal suspeita da polícia é de que os autores das mortes sejam milicianos, que disputam o controle da região com traficantes de drogas.
Para o delegado André Barbosa, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), os assassinatos podem ser "apenas demonstração de poder de facções criminosas". Barbosa, no entanto, destacou não haver nenhum indício do envolvimento das vítimas com quaisquer grupos criminosos.
Além de Ezequiel e Diogo, também foram baleados André Felipe Almeida, de 23 anos, que morreu após ser levado a um hospital, e o soldado do Exército Matheus Lacerda, de 19, que está internado em estado grave no Hospital Central do Exército (HCE).
Após atirar contra o grupo, os criminosos fugiram do local e, alguns metros adiante, balearam Iago Gomes de Paula, 25 anos, que também morreu na hora.
Via G1