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BELFORD ROXO - Lucarelli, Bruninho, Wallace, Jacqueline e Fabi são nomes conhecidos do vôlei brasileiro que inspiram cerca de 60 jovens que fazem parte de um projeto de iniciação esportiva da Prefeitura de Belford Roxo, comandado pelo professor Alexandre Clemente, o Xandão, 49 anos. Muitos deles querem aproveitar “a bola levantada” para alçar voos maiores, vencer o bloqueio e “dar uma cortada” nas dificuldades da vida. Agora, literalmente, o vôlei é a bola da vez. Mas o jogo está só começando.
Na quadra do Sindicato dos Químicos de Belford Roxo (Sindquímica), as segundas e quintas-feiras, Xandão, o professor Rodrigo e o estagiário Oscarino Jesus se esmeram para passar noções de voleibol às meninas e meninos que ouvem atentamente as instruções. Xandão explica que o projeto começou há dois anos com 10 alunos. “Nosso objetivo é ajudar a formar cidadãos e ao mesmo tempo inserir os jovens – e até adultos - em um esporte. Eles chegam aqui e começam a se encantar pelo voleibol. Meu trabalho começa indo em várias escolas para fazer o convite e falar sobre o projeto, que já está rendendo bons frutos. Desses 60 alunos iremos selecionar muitos (categorias sub-14, sub-17 e sub-18) para a disputa dos Jogos da Baixada, que começa em junho, e a Olimpíada da Cidadania, em outubro. Já começamos bem 2017, pois fomos vice-campeões na Copa IBC de Vôlei, categoria sub-20”, destacou Xandão, que atualmente joga na Associação Atlética Light e Vôlei Mirandela.
Xandão conta que é atleta desde os 10 anos e que resolveu ser professor de educação física porque sentia a necessidade de colaborar de alguma forma na transformação da sociedade. “Faço a minha parte e vejo que está dando certo. Fico feliz quando os pais chegam e me contam que perceberam mudança no comportamento dos filhos, que ficaram mais centrados. Isso é gratificante”, avaliou Xandão, destacando que o Sindiquímica cede a quadra para que o projeto seja desenvolvido.
Fã da levantadora Dani Lins, que joga no Osasco (clube de São Paulo), a estudante Larissa Souza, 16, está no projeto há dois anos. Não por acaso, ela também escolheu jogar de levantadora e vem se destacando nas aulas. “Entrei no projeto através de uma amiga. Tentei basquete e vôlei, mas acabei optando pelo vôlei, onde me sinto melhor. Tenho sonho de seguir carreira e jogar em um clube profissional”, resumiu Larissa, destacando que seu desempenho na escola melhorou após entrar no projeto.
As inscrições para participar do projeto podem ser feitas as segundas e quintas-feiras na quadra do Sindquimica (Avenida Benjamin Pinto Dias, 643), das 13h às 18h. É necessário levar dos seguintes documentos: carteira de identidade, CPF e comprovante de residência, além de duas fotos 3 X 4. Sendo menor, o responsável pelo aluno precisa assinar um termo de autorização.
Alunos sonham em disputar competições
As inscrições para participar do projeto podem ser feitas as segundas e quintas-feiras na quadra do Sindquimica (Avenida Benjamin Pinto Dias, 643), das 13h às 18h. É necessário levar dos seguintes documentos: carteira de identidade, CPF e comprovante de residência, além de duas fotos 3 X 4. Sendo menor, o responsável pelo aluno precisa assinar um termo de autorização.
Alunos sonham em disputar competições
Os olhos do estudante Luiz Augusto Martins, 15, brilham ao falar da sua paixão pelo vôlei. Tímido, ele explicou que chegou “cru” ao projeto, mas que ao longo dos treinamentos conseguiu aprimorar a técnica. Admirador do levantador Bruninho e dos atacantes Wallace e Lucarelli, todos campeões olímpicos, Luiz Augusto sonha em conseguir se destacar e seguir carreira. “Estou me empenhando para conseguir vaga na equipe que disputará os Jogos da Baixada e a Olimpíada da Cidadania”, resumiu, rindo ao dizer que quando entro no projeto não sabia nem dar um passe ou executar uma manchete (fundamento usado para recepcionar o saque adversário com a bola batendo nos antebraços).
Aos 9 anos, a pequena Yasmin enche de orgulho a mãe Jaqueline de Oliveira da Silva, 35. Aplicada nas aulas, a menina disse que está gostando do esporte. “Devagar estou aprendendo”, resumiu. A mãe, que acompanhou na TV toda aquela geração de ouro do vôlei que tinha como destaques Tande, Nalbert, Giovanni e Marcelo Negrão, entre outros, destaca que depois que entrou no projeto a filha ficou mais centrada e atenta. “Sempre quis colocá-la em algum tipo de esporte. Saí em busca de informações e, em fevereiro, consegui matriculá-la. Hoje percebo sua evolução em todos os aspectos”, resumiu Jaqueline.
A amiga Giovana foi a responsável por levar a estudante Rebeca Moreira, 14, ao projeto de iniciação esportiva. Aproveitando que a Vila Olímpica de Nova Iguaçu estava fechada para obras, Rebeca, que mora em Belford Roxo, foi ao Sindquimica e fez a inscrição. “Estou há dois meses e adorando. Já joguei basquete e futebol em Nova Iguaçu. Mas estou firme no vôlei. Estou em fase de teste e meu sonho é ficar novôlei e, quem sabe um dia, chegar à seleção brasileira”, finalizou Rebeca, ao lado da mãe Denise Moreira de Santana, 47, que na adolescência jogava vôlei.
Via imprensa PMBR