Corpo foi encontrado na Avenida Atlântica com marcas de tiros. Delegacia de Homicídios investiga caso; ninguém foi preso. BELFORD ...
Corpo foi encontrado na Avenida Atlântica com marcas de tiros. Delegacia de Homicídios investiga caso; ninguém foi preso.
BELFORD ROXO - Uma transexual foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (20), na calçada (margens do rio Botas), na Avenida Atlântica, no bairro Xavantes, em Belford Roxo.
A vítima era Samily Guimarães, de 24 anos. A motivação do crime não havia sido esclarecida pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense até a publicação desta notícia. Não havia suspeitos.
Somente em 2017, morreram 44 travestis e pessoas transexuais no Brasil, três foram no Estado do Rio de Janeiro. Samilly é o quarto caso confirmado neste ano. Para a secretaria de Articulação Política da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), Bruna Benevides, casos como o de Samilly enfrentam dificuldade na hora da tipificação do crime. De acordo com ela, em geral, eles são tratados como homicídios cometidos por motivo torpe e não se leva em consideração o seu caráter de crime de ódio.
— Falta de interesse quando se trata das pessoas trans (sempre julgam como se tivéssemos feito algo para justificar a morte e encerrar o caso), ninguém chora nossas perdas e vamos nós contando os mortos, sem saber como sobreviver e a quantidade das pessoas vivas, que sobrevivem a tudo isso sabe-se lá como — afirmou.
A polícia informou que as investigações foram encaminhadas para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. A polícia civil informou que diligências foram realizadas para identificar as circunstâncias e a autoria do crime.
Somente em 2017, morreram 44 travestis e pessoas transexuais no Brasil, três foram no Estado do Rio de Janeiro. Samilly é o quarto caso confirmado neste ano. Para a secretaria de Articulação Política da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), Bruna Benevides, casos como o de Samilly enfrentam dificuldade na hora da tipificação do crime. De acordo com ela, em geral, eles são tratados como homicídios cometidos por motivo torpe e não se leva em consideração o seu caráter de crime de ódio.
— Falta de interesse quando se trata das pessoas trans (sempre julgam como se tivéssemos feito algo para justificar a morte e encerrar o caso), ninguém chora nossas perdas e vamos nós contando os mortos, sem saber como sobreviver e a quantidade das pessoas vivas, que sobrevivem a tudo isso sabe-se lá como — afirmou.
A polícia informou que as investigações foram encaminhadas para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. A polícia civil informou que diligências foram realizadas para identificar as circunstâncias e a autoria do crime.