Instituição oferece local para permanência do bebê enquanto a mãe cumpre o dever pedagógico BELFORD ROXO - Concluir o ensino superior ...
Instituição oferece local para permanência do bebê enquanto a mãe cumpre o dever pedagógico
BELFORD ROXO - Concluir o ensino superior para muitas estudantes é um desafio, principalmente quando na trajetória surge a gravidez. Por isso, cresce o número de universitárias que observam a chance da conquista do sonhado canudo se reduzir. As inconformadas reivindicam mais do que a legislação oferece: licença de 3 meses após o 8º mês de gestação, mas universitárias mães querem o direito de continuar estudo e de amamentar os bebês em sala de aula. A Uniabeu está atenta e age para evitar o problema.
O abandono do estudo universitário como consequência da gravidez ou casamento fora dos planos é uma realidade no Brasil. Isabel Nascimento Dher, 27 anos, pisou no freio do estudo quando cursava o 5º período de Administração na Uniabeu. Mãe da menina Júlia, de dois anos, a estudante mãe voltou ao banco da faculdade. “Foi um período complicado e eu também não considerava a ideia de levar a minha filha à faculdade. Por tudo isso parei”, lembra.
Mas nos braços de uma mãe cabem também livros. Isabel Dher voltou à Uniabeu. Cursando o 8º período, ela diz não ter enfrentado resistência por parte da reitoria e nem dos professores. “Inclusive, algumas vezes a minha filha Júlia me acompanhou ao campus, assistiu aula comigo e sempre fui bem recepcionada. A conduta da reitoria é de respeito para com a estudante mãe”, opina.
De acordo com a Legislação brasileira, as estudantes podem passar três meses em suas residências após o parto, é o chamado regime domiciliar, entretanto elas querem avançar. As mães reivindicam continuar o estudo em sala de aula acompanhadas do rebento. A reivindicação é ingressar nos prédios com seus filhos de forma autorizada e sem a sensação de constrangimento.
O procedimento legal foi feito pela estudante de Fisioterapia da Uniabeu Inaele Nunes Cavalcante, 24 anos, mãe do menino Davi Nunes, de sete meses. “Segui todos os procedimentos e realizei as provas em casa, administrando o tempo entre os cuidados com o bebê e os estudos”, conta. Quando houve a necessidade de ir à sala de aula, a universitária considerou a experiência com grau elevado para ser administrada.
“Houve uma situação que optei por fazer a prova em sala de aula com o meu filho. Não houve restrição por parte da Uniabeu. Meu filho só tinha dois meses, e posso dizer que não foi fácil. Ele chorava a todo instante, tirando a minha concentração e de todos os alunos”, conta Cavalcante. Segundo ela, as mães enfrentam dificuldades, porém se levarem as crianças para a faculdade sem que haja um berçário na instituição, não é possível prestar atenção ao estudo.
A Uniabeu vai além da lei. Em algumas ocasiões, há alunas, com recém-nascidos, que são acompanhadas por parentes, e a Instituição oferece um local para que o bebê permaneça até que a mãe termine o seu dever acadêmico. “Não é regra, entretanto, podemos destacar como ponto positivo na relação Centro Universitário e mães estudantes”, destaca o vice-reitor da Uniabeu, Paulo Roberto Chaves.
Segundo o vice-reitor Chaves, atualmente, a Instituição, de acordo com as possibilidades, acolhe a mãe estudante com o acompanhante, proporcionando condições humanas possíveis para atender o período de amamentação do bebê. Chaves lembra que, segundo a legislação, antes e depois do parto a estudante grávida, e após três meses, poderá ser assistida pelo regime de exercícios domiciliares.
Danielle Cristina da Silva, 27 anos, cursa o 4º período de Psicologia e aprova a relação da Uniabeu com a estudante mãe. "Considero a iniciativa a Instituição importante, porque a tranquiliza caso em algum momento seja necessária a presença do bebê na faculdade", afirma a mãe do Alberto Daniel de cinco meses. O marido da Danielle Cristina, Tiago Esteves da Silva, disse que a atitude da Uniabeu é positiva.
“Em casos excepcionais devidamente comprovados mediante atestado médico, poderá ser aumentado o período de repouso e, consequentemente, o atendimento domiciliar é estendido”, esclarece. O vice-reitor afirma ainda que a Uniabeu não faz restrição à entrada dos bebês em seus quatro campus. “Valorizamos a garantia do direito da mãe amamentar, e acreditamos que colaborar à conclusão do ensino superior também nesses casos é uma forma de combater a desigualdade”, conclui Chaves.
Divulgação
Fotos Caio Coelho