BELFORD ROXO - Wanderlea dos Santos Silva, de Belford Roxo, diz estar sofrendo bullying de vizinhos e parentes após vídeo em que foi flag...
O vídeo foi postado no Youtube na semana passada e se tornou um viral na web. Nele, Wanderlea supostamente tem relações sexuais com um homem de 37 anos, enquanto outros banhistas comentam e aplaudem ironicamente a situação. Depois de tanta repercussão, Wanderlea diz estar sendo perseguida por vizinhos e parentes. Ela conta que só seu pai e uma irmã estão do seu lado.
— Estou me sentindo mal e sem comer há dois dias. Fico trancada em casa para não escutar provocações de pessoas na rua.
Wanderlea afirma que seu namorado Johne Max Geraldo dos Santos, de 38 anos, com quem passou a morar junto depois do Carnaval em Rio das Ostras, também vem sofrendo provocações. Max perdoou Wanderlea depois de ela ter admitido o caso flagrado em vídeo.
Segundo ela, o rapaz é chamado de corno por colegas de trabalho e vizinhos. Segundo Vanderlea, Max está enfrentando melhor a situação e diz não se importar com o que falam.
Apesar das imagens, Wanderlea diz que não teve relações sexuais dentro do mar. Eles se conheceram no Carnaval e estavam conversando na praia, quando resolveram dar uns amassos na água.
— Na água só rolou uns beijos e amassos. Eu não transei com ele. Chega desse vídeo. Por que as pessoas querem tanto ver isso?
De acordo com a Prefeitura de Rio das Ostras, agentes da Guarda Municipal abordaram o casal e os conduziram para a Delegacia de Rio das Ostras (128ª DP). Eles foram autuados por atentado ao pudor e liberados em seguida.
A dona de casa disse ainda que os filhos estão estranhando o movimento na residência e ficam com medo de ela aparecer novamente nos jornais. Contou também que, desde a divulgação do vídeo, emagreceu 3 kg porque não tem vontade de comer e só consegue dormir sob efeito de remédios. "Quer saber? É muita humilhação. Muita humilhação. Não estou podendo sair mais na rua, já não como, não estou dormindo."
O maior desejo dela, agora, é que terminem os comentários que têm sido divulgados na internet. "Me chamam de vagabunda. Usam palavrões. É muito pesado. Para quem está de fora, é facil. Para quem está passando, é muito difícil. Estou sendo julgada e condenada por um ato que tem os movimentos na água. Não vou dizer que foi uma carícia, mas praticar sexo, não pratiquei", explicou.
A madrasta de Wanderlea, Marilia, de 57 anos, disse que também sofre com a situação. "Estou passando mal. Ela é como se fosse minha filha. Amo essas crianças. Tenho depressão e piorei com isso", disse. "Ela errou? Errou. Mas quem neste mundo nunca errou? Quem está sofrendo são as crianças", afirmou, chorando, e contando que o pai, Antônio, e a irmã, Maria do Socorro, também tiveram problemas de pressão devido ao episódio.
Vizinhança dividida
O caso divide a vizinhança. Enquanto na rua sem calçamento em que vive, segundo ela e madastra, alguns moradores condenam, em outras ruas próximas comerciantes disseram ao G1 que não se pode crucificar Wanderlea. "Ela não é a primeira e nem vai ser a última. São momentos de fraqueza. As pessoas que estão crucificando têm que entender que existe a família. Não devemos virar as costas para ela", disse uma comerciante que preferiu não se identificar.
Wanderlea afirmou que, embora a vida no Vale do Ipê esteja difícil, não pensa em se mudar. "Não adianta eu fugir daqui. Está tudo publicado na internet."
A madrasta de Wanderlea, Marilia, de 57 anos, disse que também sofre com a situação. "Estou passando mal. Ela é como se fosse minha filha. Amo essas crianças. Tenho depressão e piorei com isso", disse. "Ela errou? Errou. Mas quem neste mundo nunca errou? Quem está sofrendo são as crianças", afirmou, chorando, e contando que o pai, Antônio, e a irmã, Maria do Socorro, também tiveram problemas de pressão devido ao episódio.
Vizinhança dividida
O caso divide a vizinhança. Enquanto na rua sem calçamento em que vive, segundo ela e madastra, alguns moradores condenam, em outras ruas próximas comerciantes disseram ao G1 que não se pode crucificar Wanderlea. "Ela não é a primeira e nem vai ser a última. São momentos de fraqueza. As pessoas que estão crucificando têm que entender que existe a família. Não devemos virar as costas para ela", disse uma comerciante que preferiu não se identificar.
Wanderlea afirmou que, embora a vida no Vale do Ipê esteja difícil, não pensa em se mudar. "Não adianta eu fugir daqui. Está tudo publicado na internet."
Via R7 e G1