Os recentes ataques de assaltantes a caixas eletrônicos estão fazendo com que comerciantes da Baixada decidam desativar, devolver e até simu...
Os recentes ataques de assaltantes a caixas eletrônicos estão fazendo com que comerciantes da Baixada decidam desativar, devolver e até simular defeitos em máquinas do tipo banco 24 horas. Tudo para evitar a ação dos criminosos — que usam caminhões e retroescavadeiras para arrombar portas e paredes das lojas. Alguns lojistas dizem temer novos roubos, enquanto outros querem evitar que seu estabelecimento seja o próximo alvo.
A Drogaria FG, na Avenida Monte Castelo, no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, ainda tem um caixa eletrônico. No entanto, a máquina está desativada. Em abril, assaltantes usaram um caminhão reboque para arrombar o local. O gerente, Wagner Luiz, disse que o estabelecimento não pretende continuar com a máquina.
- O caixa está desativado desde que houve o assalto no mercado aqui perto, em que usaram a retroescavadeira - conta Wagner, referindo-se a outro caso, de novembro.
Policial diante do rombo deixado pela retroescavadeira na parede da farmácia em Belford Roxo: dois caixas eletrônicos foram levados pelos bandidos Foto: Guilherme Pinto / Extra
Remendo na parede da farmácia de Belford Roxo, atacada pelo Bando da Retroescavadeira Foto: Rafaella Barros / Extra
Com receio de passar por uma situação parecida, o proprietário do Supermercado Unidos, na Avenida Monte Castelo, decidiu retirar os dois caixas eletrônicos que tinha no estabelecimento.
- O proprietário retirou e não pretende colocar de novo porque eles (os bandidos) quebram tudo - explica o gerente, André Alt.
Em Belford Roxo, a situação se repete. Na Avenida Joaquim da Costa Lima, em Santa Amélia, um mercado e uma farmácia desativaram seus caixas eletrônicos.
Movimento de clientes caiu 25%
Na RJ Drogaria, em Belford Roxo, o clima é de insegurança depois que bandidos invadiram o local usando explosivos e uma retroescavadeira para roubar dois caixas eletrônicos, em novembro. Ainda sim, o proprietário do estabelecimento, Marcos Sá Barreto, informou que vai receber uma nova máquina. Ele afirma que, sem o caixa, seu faturamento caiu.
- A empresa do caixa me indenizou e pagou toda a reforma. Mesmo depois do ataque, vou colocar as máquinas de novo porque, sem elas, o movimento de clientes caiu cerca de 25% - afirma.
Já Carlos Alberto, dono da Mercearia Princesinha, em Caxias, alvo de um dos roubos, conta que teve um prejuízo de R$ 3 mil:
- Não foi apenas a parede. Só com as duas portas eu gastei R$ 1.600. Recebo da empresa (dona dos caixas) R$ 300 pela cessão do espaço. Como a máquina não está mais aqui, nem sei se vão depositar o dinheiro este mês.
Além de prejudicar os comerciantes, moradores de Caxias agora precisam percorrer distâncias maiores até encontrar um caixa.
- Por aqui, não temos banco - reclama Fábio Novaes, de 31 anos, morador de Jardim Gramacho.
Suspeitos investigados
A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil está investigando os ataques a caixas eletrônicos cometidos na Zona Norte e na Baixada Fluminense. A unidade já identificou alguns bandidos que teriam relação com esses assaltos recentes.
Em Belford Roxo, a suspeita é de que Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, esteja ligado aos ataques. Vanderlan pertence ao tráfico de drogas da Favela Gogó da Ema, em Belford Roxo.
No mês passado, os policiais da DRF prenderam um bandido dessa mesma comunidade: Carlos Alberto Montenegro da Silva, o Lacoste, de 26 anos. Ele é apontado como suspeito de participar do assalto a um caixa eletrônico com uma retroescavadeira, na esquina da Avenida Automóvel Clube com a Estrada de Belford Roxo, no bairro Jardim Redentor.
A DRF também está investigando Anderson da Silva Verdan, o Bamba. Ele é um dos gerentes do tráfico de drogas no Morro da Pedreira, em Costa Barros. Bamba já esteve preso, mas atualmente está foragido.
Além disso, os policias também apuram a participação de traficantes do Parque Alegria, no Caju, nesse tipo de roubo.
A Drogaria FG, na Avenida Monte Castelo, no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, ainda tem um caixa eletrônico. No entanto, a máquina está desativada. Em abril, assaltantes usaram um caminhão reboque para arrombar o local. O gerente, Wagner Luiz, disse que o estabelecimento não pretende continuar com a máquina.
- O caixa está desativado desde que houve o assalto no mercado aqui perto, em que usaram a retroescavadeira - conta Wagner, referindo-se a outro caso, de novembro.
Policial diante do rombo deixado pela retroescavadeira na parede da farmácia em Belford Roxo: dois caixas eletrônicos foram levados pelos bandidos Foto: Guilherme Pinto / Extra
Remendo na parede da farmácia de Belford Roxo, atacada pelo Bando da Retroescavadeira Foto: Rafaella Barros / Extra
Com receio de passar por uma situação parecida, o proprietário do Supermercado Unidos, na Avenida Monte Castelo, decidiu retirar os dois caixas eletrônicos que tinha no estabelecimento.
- O proprietário retirou e não pretende colocar de novo porque eles (os bandidos) quebram tudo - explica o gerente, André Alt.
Em Belford Roxo, a situação se repete. Na Avenida Joaquim da Costa Lima, em Santa Amélia, um mercado e uma farmácia desativaram seus caixas eletrônicos.
Arte de Kamilla Pavão
Movimento de clientes caiu 25%
Na RJ Drogaria, em Belford Roxo, o clima é de insegurança depois que bandidos invadiram o local usando explosivos e uma retroescavadeira para roubar dois caixas eletrônicos, em novembro. Ainda sim, o proprietário do estabelecimento, Marcos Sá Barreto, informou que vai receber uma nova máquina. Ele afirma que, sem o caixa, seu faturamento caiu.
- A empresa do caixa me indenizou e pagou toda a reforma. Mesmo depois do ataque, vou colocar as máquinas de novo porque, sem elas, o movimento de clientes caiu cerca de 25% - afirma.
Caixa desligado em Belford Roxo Foto: Bruno Gonzalez / Extra
Já Carlos Alberto, dono da Mercearia Princesinha, em Caxias, alvo de um dos roubos, conta que teve um prejuízo de R$ 3 mil:
- Não foi apenas a parede. Só com as duas portas eu gastei R$ 1.600. Recebo da empresa (dona dos caixas) R$ 300 pela cessão do espaço. Como a máquina não está mais aqui, nem sei se vão depositar o dinheiro este mês.
Além de prejudicar os comerciantes, moradores de Caxias agora precisam percorrer distâncias maiores até encontrar um caixa.
- Por aqui, não temos banco - reclama Fábio Novaes, de 31 anos, morador de Jardim Gramacho.
Suspeitos investigados
A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil está investigando os ataques a caixas eletrônicos cometidos na Zona Norte e na Baixada Fluminense. A unidade já identificou alguns bandidos que teriam relação com esses assaltos recentes.
Em Belford Roxo, a suspeita é de que Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, esteja ligado aos ataques. Vanderlan pertence ao tráfico de drogas da Favela Gogó da Ema, em Belford Roxo.
No mês passado, os policiais da DRF prenderam um bandido dessa mesma comunidade: Carlos Alberto Montenegro da Silva, o Lacoste, de 26 anos. Ele é apontado como suspeito de participar do assalto a um caixa eletrônico com uma retroescavadeira, na esquina da Avenida Automóvel Clube com a Estrada de Belford Roxo, no bairro Jardim Redentor.
A DRF também está investigando Anderson da Silva Verdan, o Bamba. Ele é um dos gerentes do tráfico de drogas no Morro da Pedreira, em Costa Barros. Bamba já esteve preso, mas atualmente está foragido.
Além disso, os policias também apuram a participação de traficantes do Parque Alegria, no Caju, nesse tipo de roubo.
Via Jornal Extra