A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as denúncias de um jovem de 19 anos que alegou ter conseguido burlar o resultado das ...
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as denúncias de um jovem de 19 anos que alegou ter conseguido burlar o resultado das urnas para favorecer políticos da Região dos Lagos nas eleições municipais de outubro. A informação foi confirmada nesta terça-feira ao SRZD, uma semana depois que o hacker delatou o esquema durante um seminário promovido no auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ).
O rapaz, que se identificou apenas como Rangel para preservar sua segurança, afirmou no seminário "A urna eletrônica é confiável?" que conseguiu ter acesso à intranet do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interceptando a rede da empresa de telecomunicações Oi, responsável pela transmissão dos dados das urnas eletrônicas para o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo ele, a invasão ocorreu antes da totalização da contagem dos votos. Rangel revelou ainda que contou com a ajuda de um funcionário da Oi para conseguir obter a senha do sistema.
"A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e, depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada", explicou o hacker, segundo o portal do PDT, um dos partidos organizadores do evento. O delator está sob proteção da polícia e se comprometeu em ajudar no inquérito.
A Polícia Federal (PF) informou ao SRZD que instaurou um inquérito antes do segundo turno das eleições para investigar a possível fraude. A autoridade policial destacou que especialistas da área de informática acompanharam todos os procedimentos para violação informados no dia da votação, mas não alcançaram êxito. A PF ressaltou que não pode transmitir mais informações, porque as investigações correm em sigilo.
"O equipamento foi apreendido para exames periciais complementares tendo sido colhidos depoimentos de pessoas que possam contribuir para esclarecimento dos fatos. Dada a natureza do inquérito policial, a Autoridade manterá dos dados em sigilo", acrescenta a nota encaminhada à reportagem.
Procurado pelo SRZD, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que ainda não recebeu uma notificação oficial e avisou que só vai se pronunciar sobre o caso se isso ocorrer. A assessoria do órgão apenas frisou que "o sistema de apuração da urna eletrônica é seguro", como teria sido comprovado em testes realizados em outras ocasiões.
A Oi afirmou, em nota, que "não tem contrato de serviço de internet para a Justiça Eleitoral e nenhum contrato de prestação de serviços de criptografia e segurança de informação para o Sistema Eleitoral".
Prefeita de Saquarema teria sido beneficiada
A denúncia pode desestabilizar a imagem política da prefeita reeleita em Saquarema, Franciane Motta (PMDB). Segundo o jovem, a peemedebista também foi favorecida pela ação de hackers a pedido do marido dela, o deputado Paulo Mello (PMDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Em nota, Paulo Mello desmentiu que tenha qualquer envolvimento com o hacker autor das denúncias. O deputado ressaltou que nunca trabalhou com Rangel e tampouco o contratou para atuar em campanhas eleitorais dele ou de sua esposa. O parlamentar defendeu ainda que a vitória de Franciane Motta se deveu ao trabalho realizado ao longo de sua vida política.
O SRZD tentou contatar a prefeita Franciane durante a manhã desta terça-feira, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem.
A prefeita foi reeleita com 63,62% dos votos válidos no 1º turno, vencendo Pedro Ricardo (PRB) e Thiago Cócaro (PSOL). Os candidatos derrotados atingiram 34,68% e 1,70% dos votos, respectivamente. As pesquisas de intenção de voto indicavam a vitória de Franciane com 60%.
O rapaz, que se identificou apenas como Rangel para preservar sua segurança, afirmou no seminário "A urna eletrônica é confiável?" que conseguiu ter acesso à intranet do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interceptando a rede da empresa de telecomunicações Oi, responsável pela transmissão dos dados das urnas eletrônicas para o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo ele, a invasão ocorreu antes da totalização da contagem dos votos. Rangel revelou ainda que contou com a ajuda de um funcionário da Oi para conseguir obter a senha do sistema.
"A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e, depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada", explicou o hacker, segundo o portal do PDT, um dos partidos organizadores do evento. O delator está sob proteção da polícia e se comprometeu em ajudar no inquérito.
A Polícia Federal (PF) informou ao SRZD que instaurou um inquérito antes do segundo turno das eleições para investigar a possível fraude. A autoridade policial destacou que especialistas da área de informática acompanharam todos os procedimentos para violação informados no dia da votação, mas não alcançaram êxito. A PF ressaltou que não pode transmitir mais informações, porque as investigações correm em sigilo.
"O equipamento foi apreendido para exames periciais complementares tendo sido colhidos depoimentos de pessoas que possam contribuir para esclarecimento dos fatos. Dada a natureza do inquérito policial, a Autoridade manterá dos dados em sigilo", acrescenta a nota encaminhada à reportagem.
Procurado pelo SRZD, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que ainda não recebeu uma notificação oficial e avisou que só vai se pronunciar sobre o caso se isso ocorrer. A assessoria do órgão apenas frisou que "o sistema de apuração da urna eletrônica é seguro", como teria sido comprovado em testes realizados em outras ocasiões.
A Oi afirmou, em nota, que "não tem contrato de serviço de internet para a Justiça Eleitoral e nenhum contrato de prestação de serviços de criptografia e segurança de informação para o Sistema Eleitoral".
Prefeita de Saquarema teria sido beneficiada
A denúncia pode desestabilizar a imagem política da prefeita reeleita em Saquarema, Franciane Motta (PMDB). Segundo o jovem, a peemedebista também foi favorecida pela ação de hackers a pedido do marido dela, o deputado Paulo Mello (PMDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Em nota, Paulo Mello desmentiu que tenha qualquer envolvimento com o hacker autor das denúncias. O deputado ressaltou que nunca trabalhou com Rangel e tampouco o contratou para atuar em campanhas eleitorais dele ou de sua esposa. O parlamentar defendeu ainda que a vitória de Franciane Motta se deveu ao trabalho realizado ao longo de sua vida política.
O SRZD tentou contatar a prefeita Franciane durante a manhã desta terça-feira, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem.
A prefeita foi reeleita com 63,62% dos votos válidos no 1º turno, vencendo Pedro Ricardo (PRB) e Thiago Cócaro (PSOL). Os candidatos derrotados atingiram 34,68% e 1,70% dos votos, respectivamente. As pesquisas de intenção de voto indicavam a vitória de Franciane com 60%.
Via SRZD