Inocentes de B.Roxo estreia no Grupo das Elites cantando a Coreia

O carnavalesco Wagner Gonçalves em frente a uma das alegorias que a Inocentes levará para a avenida  para contar a saga da imigração s...

O carnavalesco Wagner Gonçalves em frente a uma das alegorias que a Inocentes levará para a avenida 

para contar a saga da imigração sul-coreana no Brasil

Astro pop Psy foi convidado para o desfile da escola
Ele bateu recorde de visualizações no YouTube, dividiu o palco com Madonna, e se tornou símbolo pop da Coreia do Sul. No carnaval 2013, o cantor pop coreano Psy pode apresentar o seu inusitado molejo no Sambódromo. O maior astro do país oriental na atualidade foi convidado para desfilar na Inocentes de Belford Roxo, escola estreante no Grupo Especial, que leva à avenida enredo sobre os  de imigração coreana para o Brasil. A presença de Psy ainda não está confirmada. A escola aguarda resposta sobre ajustes na agenda do artista.
Se vier, o cantor de “Gangnam style” será o mais ilustre dos cerca de 300 coreanos que desfilarão pela Inocentes. A participação dos imigrantes faz parte do esforço da escola em entender melhor uma cultura rica e muito diferente da brasileira. O carnavalesco Wagner Gonçalves, encara como um desafio o enredo “As sete confluências do Rio Han”. O carnavalesco passou 15 dias em Seul, capital sul-coreana, para a pesquisa do enredo.

— É uma cultura diferente e, no início, os coreanos com que entramos em contato ficaram meio assustados. Essa coisa de só falar de índio, negro e português já deu — diz o artista, que, em 2012, assinou, pela mesma escola, o enredo “Corumbá - Ópera Tupi Gaikuru“, que levou o título do Grupo de Acesso A.

Apesar da história rica e longa da Coreia, Wagner explica que não preparou uma narrativa linear sobre o país. De um material concreto, os 50 anos de imigração coreana para o Brasil, Wagner diz que buscou criar uma história abstrata, com liberdade para criar.

— Cada setor tem uma estética diferente. O setor dedicado à tecnologia, que é muito marcante na Coreia, vem com um toque bem-humorado, como a fantasia que faz referência à indústria automobilística. Vamos fazer uma brincadeira com o chapéu asiático em formato de cônico com os cones laranjas, vistos no trânsito. No carnaval, não basta só contar a história: tem que colocar um frufru. É algo antropofágico. Conseguimos carnavalizar a Coreia.

De Seul a Belford Roxo: em busca de semelhanças

A Inocentes de Belford Roxo abre a série de desfiles do Grupo Especial, no domingo de carnaval, 10 de fevereiro. A estreante contará com sete carros alegóricos e cerca de 4.200 componentes. O carnavalesco lembra da responsabilidade de começar com alto padrão: logo depois, entram na avenida Salgueiro e Unidos da Tijuca, vice e campeã do carnaval 2012, respectivamente.

Para contagiar a comunidade com um enredo de pouco apelo popular, a diretoria buscou pontos de identificação entre a Coreia do Sul e a escola. As cores vermelho, azul e branco da bandeira coreana, por exemplo, são também as da Inocentes de Belford Roxo, mas Wagner vai além.

— Para a comunidade, falei que a Coreia tem uma história parecida com a Inocentes. Ambos passaram por um processo de evolução muito rápido. Somos os caçulinhas da Sapucaí, e a Coreia é caçulinha das potências.

Via O Globo