Pelo menos cinco suspeitos de ter torturado e assassinado Raphael Rodrigues Paixão, de 26 anos, o DJ Chorão, já foram identificados pela...
Pelo menos cinco suspeitos de ter torturado e assassinado Raphael Rodrigues Paixão, de 26 anos, o DJ Chorão, já foram identificados pela polícia. Investigadores da Delegacia de Bonsucesso (21ª DP) trabalham com a hipótese de que seis traficantes participaram do crime, mas sobre um deles a polícia sabe apenas o apelido.
Os investigadores não descartam, no entanto, a participação de outras pessoas no crime. Segundo amigos e moradores da favela Parque União, no Complexo da Maré, o DJ Chorão foi vítima do “tribunal do tráfico”. O rapaz teria sido capturado, torturado e esquartejado ainda vivo por traficantes da comunidade. A polícia também investiga a informação de que o carro dele teria sido queimado por traficantes.
DJ Chorão está desaparecido desde sábado, quando foi visto na saída de um baile no Parque União, onde morava com a namorada e a filha do casal, de dois anos. De acordo com relatos de moradores, ele foi abordado por traficantes quando chegava em casa, na rua da Paz. Ao tentar fugir, Raphael foi baleado e arrastado até a rua Brasília, onde foi morto.
Investigadores já receberam informações sobre as duas principais hipóteses para o crime. Há dois meses, Chorão havia começado a promover bailes em uma comunidade controlada por uma milícia, também na Maré. Ele teria sido avisado pelo tráfico para não fazer festas na região.
Outra hipótese para o crime foi a suspeita de traficantes sobre uma suposta relação de Chorão com policiais. Os criminosos desconfiaram que ele passou informações para a polícia, que recentemente fez uma operação no Parque União.
A mãe do DJ registrou o desaparecimento do filho no último domingo (23), na Delegacia de Belford Roxo (54ª DP), na Baixada Fluminense, onde ela mora. Diante das suspeitas de que ele tenha sido morto por traficantes do Parque União, o caso passa a ser investigado pela 21ª DP.
A família de Raphael está com medo. A namorada e a filha já deixaram a favela. O DJ teria sido julgado na frente dos moradores. Ele foi espancado e teve o corpo esquartejado. Em pedaços, teria sido colocado em um saco e jogado na rua Ari Leitão. A ordem para a morte teria partido do chefe do tráfico no local, Jorge Luiz Moura, o Alvarenga.
Fonte: R7